
Há cerca de 4 anos que não tínhamos uma época destas na Fórmula 1, com o título de pilotos a ser disputado até à última e, há que o dizer, finalmente!
Parece que a Red Bull conseguiu entregar um carro a Verstappen que consiga competir contra a Mercedes e, especialmente, contra o quatro vezes consecutivo campeão do mundo Sir Lewis Hamilton. E a verdade é que, até este ponto, tem resultado com o holandês a levar 10 pontos de vantagem sobre o britânico.
É uma lufada de ar fresco no desporto que desde que foi comprado pela Liberty Media no final de 2016, e deu um enorme boost, especialmente a nível de comunicação e também com a entrada na Netflix com o Drive to Survive. Mas, no meio de toda esta evolução e aumento de competitividade, existe ainda uma pequena questão que será certamente decisiva para o campeonato.
A equipa da Mercedes de Toto Wolf (onde é também dono de uma percentagem da mesma) é a maior da competição e deveria ser um exemplo de gestão e evolução para todas as equipas do mundo. Toto, um grande empresário e modesto piloto dizia que quando entrou para a F1 não percebia nada do desporto (comparado com outros nomes como Jean Todt ou Ross Brawn) por isso rodeou-se das melhores pessoas para cada lugar. E são essas pessoas a tal pequena questão, que muito provavelmente farão com que Hamilton bata o recorde de Schumacher com a conquista do oitavo título de pilotos. O olhar ao longo prazo em vez de olhar à corrida, o dizer a Hamilton vamos às boxes para garantir alguns pontos em vez de arriscar tudo na vitória (que deixou o britânico a gritar impropérios no rádio ao fiel amigo “Bono”) porque sabem que para a semana há mais e, fundamentalmente, têm a confiança que a sua equipa irá dar a volta na semana seguinte.
Este fim-de-semana não há corrida, mas para a semana há mais.